Dom Adelar: “Saber escutar respeitosamente e conversar é o caminho para a comunhão”

“A paz só é possível quando nos educarmos para a convivência nas diferenças humanas, sociais, políticas e religiosas. À medida que aprendemos a conviver com a diversidade, poderemos construir ‘pontes’ ao invés de ‘muros’ entre nós”, essa é a reflexão oferecida pelo bispo de Cruz Alta (RS), dom Adelar Baruffi, em seu artigo “A construção da comunhão”, enviado ao portal da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Dom Adelar Baruffi

No texto, dom Adelar aponta que a comunhão sempre foi um grande desafio para a sociedade humana e que todos têm o direito de ter suas ideias e concepções antropológicas e sociais.

“Nem sempre é fácil conviver e construir um núcleo onde todos se sintam representados. A comunhão desejada também supõe certa tensão. Aliás, as opiniões divergentes provocam para avançar”, diz um trecho do artigo.

O bispo ressalta ainda que o processo de construção da comunhão, sobretudo na dimensão humana de respeito e tolerância deveria ser um desejo e lembra que o papa Francisco usou, várias vezes, o símbolo do “poliedro” para falar desta comunhão que supõe e acolhe as diferenças.

“Ao falarmos de nossa realidade de Igreja, temos um fio condutor, que brota da Sagrada Escritura e da Tradição, e nos oferece alguns pontos claros de coerência com a fé que professamos em Jesus Cristo. Existe uma identidade de fé, doutrina e moral que todo o batizado é chamado a testemunhar”, diz

E continua: “O diálogo não é sinônimo de relativismo. Saber escutar respeitosamente e conversar é o caminho para a comunhão, a sinodalidade. Já dizia São João Crisóstomo: “Igreja é nome que quer dizer sínodo”. Ou seja, “Igreja” tem a ver com caminho percorrido juntos, sob a guia do Senhor ressuscitado”.

Dom Adelar destaca que todo o povo de Deus, na pluralidade de seus membros e no exercício responsável dos vários ministérios, é convidado a se sentir corresponsável.

“Este é o caminho que Deus espera da Igreja no terceiro milênio, disse Francisco. Nenhum grupo tem o direito de excluir e diminuir pessoas por considerar-se o único detentor da verdade. Ao acolhermos e ouvirmos a todos, crescemos juntos”, finaliza.

FONTE: CNBB

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