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Há momentos em que a liturgia nos surpreende para enxergarmos Maria de um jeito mais real e ligado a verdadeira fé. Hoje, contemplando Guadalupe, percebe-se algo calado por muito tempo na igreja e, ao mesmo tempo, revolucionário: a alegria de Deus sempre procura um rosto humano para pousar, e encontra em Maria um lugar onde a esperança ganha forma de gente.

Ela acolhe a Palavra como quem acende uma luz. E onde a alegria humana se esgota, ela carrega uma alegria que nasce do coração de Deus. É assim em Caná, é assim no Magnificat, é assim no Tepeyac: uma visita que desperta, cura e reconcilia.

Em Guadalupe, Maria recorda ao povo que existe uma ternura que sustenta até quando as forças parecem desaparecer. A mesma ternura que faz o inverno florescer. A mesma ternura que reergue famílias, fortalece jovens, reacende quem está cansado e traz de volta quem se afastou.

E há um ponto ainda mais belo: quando ela diz “Eu sou tua Mãe”, ela nos devolve a dignidade de filhos. Convida-nos a redescobrir o que acontece quando o Evangelho entra na vida: tudo se renova, tudo encontra lugar, tudo se torna possível.

É essa visita amorosa que hoje ressoa na Igreja inteira. Uma visita que não impõe, mas ilumina; que não exige, mas acolhe; que não pressiona, mas guia.

E esse caminho luminoso que Maria nos mostra…
foi proclamado hoje na Basílica de São Pedro pelo Papa Leão XIV.